Caros Militantes!
No próximo dia 18, é nosso dever contribuir para a democracia interna do nosso partido e votar para a CPS de secção do PSD de Celorico da Beira.
Como é do domínio público, sou apoiante incondicional do Dr. Fernando Figueiredo e tenho a honra de pertencer à sua lista.
Apoio o Dr. Fernando Figueiredo, não porque sou seu amigo, já que considero que os valores do partido se devem sobrepor às amizades e nunca apoiaria uma lista qualquer que fosse, apenas pela amizade, mas, porque e para além; do reconhecimento e consideração de um passado tão recente, para além de honesto, trabalhador, competente, pessoa de coragem, pessoa correcta, reconheço nele capacidade e as qualidades intrínsecas de uma pessoa que pode levar a concelhia “a bom porto”!
Para quem não se lembra, ou ainda não era militante na altura, o Dr. Fernando Figueiredo, travou num passado muito recente, uma batalha política apoiado por um punhado de militantes que na altura se juntaram a preceito e que logo após a “vitória”o “abandonaram com carinho e com um apoio moral” a “navegar em alto mar”, acompanhado de uma lista de “meia dúzia de nomes” que em caso de grande necessidade lhe dariam uma “mãozinha”. A verdade é que o “trajecto” até à constituição de uma equipa que enfrentaria as autárquicas seguintes, foi palmilhado completamente sozinho. A verdade, é que em menos de um ano, teve a seu único cargo duas eleições; as Europeias e as legislativas, (com um saldo francamente positivo). Quando chegaram as autárquicas, a sua “responsabilidade”, foi “diluída”, aquando da formação de uma equipa para defrontar as eleições, mas até lá foi realmente para ele, “uma grande jornada”.
Durante todo este período, a concelhia do PSD em Celorico da Beira, resumiu-se à sua pessoa e pouco mais, mas nunca desistiu. Conseguiu congregar novos militantes e convencer gente que apareceu nas e para as campanhas autárquicas a filiarem-se. Alguns estão agora, por motivos pessoais na actual lista opositora, sem que tenha havido por parte de todos eles, uma pequena explicação ou um mero desabafo.
É claro e concordo plenamente que não é nada inédito, nem tão pouco extraordinário, duas ou mais listas a umas eleições democráticas. E o PSD é um partido pluralista! A meu ver e na minha humilde opinião, o que realmente pode ser pouco extraordinário, são os pressupostos e os fundamentos, para não falar em “motivos pessoais” que estarão na génese de outras candidaturas. Caso contrário interrogo-me como é que pessoas que faziam parte da mesma concelhia, figuravam pois, na tal lista de “meia dúzia de nomes” e que até dariam uma “mãozinha”, em caso de emergência, que até fizeram parte activa nas autárquicas e sem que tenha havido rotura alguma, se perfilem em “tempo desajustado” numa lista a…?
Será que a derrota nas últimas autárquicas “atingiu” apenas alguns? Será que não estaríamos todos no “mesmo barco”? Será que a derrota das últimas autárquicas, pode de alguma forma servir interesses políticos ou mesmo pessoais, de alguns que andaram connosco “ombro a ombro”? Será que não éramos todos “do mesmo”? Será que daquele grupo de gente das últimas autárquicas, vão sair agora novas ideias, novas estratégias, novas atitudes, novas orientações, novo dinamismo, novos caminhos, novos rumos, apenas, tirando apenas o actual presidente? Tirar aquele que conseguiu trazer o partido até hoje? Aquele que para que, chegar até aqui fosse possível, se empenhou pessoalmente… quantas vezes sozinho? Aquele que trabalhou sozinho durante mais de um ano? Já não precisamos dele? Damos-lhe agora um pontapé? E aquela gente da mesma concelhia que logo após a derrota se pôs à procura de gente para uma lista a concorrer a umas eleições que se realizariam apenas OITO MESES DEPOIS!? E o jantar de Natal? E a JSD? Há quantos anos não existia a JSD? Os senhores que se encontram à frente da JSD, já se esqueceram como é que lá estão? Como é que decorreu o processo? Alguns militantes e simpatizantes que nos acompanharam nas autárquicas, sabem ou não, os problemas e adversidades que atravessamos juntos e as dificuldades de trazer gente para as nossas hostes? Atribuímos a culpa agora ao presidente da concelhia? Então, pergunto agora eu; será justo crucificarmos o Dr. Fernando Figueiredo? É este o tratamento que este Homem nos merece? Não nos merece qualquer tipo de respeito? Chutamo-lo para canto?
Ou será parafraseando o “grande” José Cid … “Rei morto…”
Não me movem motivos pessoais contra ninguém, nem tão pouco interesses à vista! Disto sabem as pessoas que acompanharam esta concelhia e as últimas autárquicas! Reconheço não ter feitio para “olhar para o lado”, e não conseguir virar as costas, mesmo já com a causa perdida, vou até ao fim. Movo-me por convicção e disto sabem as pessoas que me conhecem. Não lido bem com gente de duas palavras, nem com traições e nunca abandono ninguém!
Por falar em mudanças …e em unidade, ou em união que toda a gente agora apregoa e alguns falarão do que sabem… Não querendo particularizar, nem armar-me em santinho (de que decididamente nada tenho) e não é minha intenção nem julgar nem criticar, estranho, que gente que apregoa a tal unidade e união, critique e julgue, uma união que em tempos muito próximos se pensaria difícil, muito mais do que a de agora apregoada, sem conhecerem os pressupostos e alguns nem sequer conhecerem os antecedentes. Ou seja e corrijam-me se estarei errado; União sim, …segunda as nossas regras, mas …excluindo a, b, c, d… União sim, …mas com fulano ou beltrano…NUNCA! Se não estiver errado, …estarei seguramente a tentar descobrir qual é o significado para “aliança”. Será que este não é um sinal inequívoco da democraticidade, de abertura, de novos horizontes de um pessoa que foi apelidado de intransigente e inflexível?
Com uma lágrima no canto do olho, não consigo acabar sem uma palavra em particular, para todos aqueles que acreditaram que apesar de Victor Santos e a sua equipa terem sido os melhores candidatos à Câmara, mesmo com louvável trabalho e esforço, não tenham ainda percebido que o PSD em Celorico da Beira, nunca irá ganhar, se não for para além de uma insignificante união que teria de ter uma determinada pessoa como presidente, porque caso contrário, já nem união poderia haver. O PSD, só irá a algum lado, se conseguir essa união e muitas mais! O minúsculo universo da nossa militância resigna-se a duas ou três centenas de pessoas. Se não alargarmos as uniões e as “alianças” a toda a gente… se não fizer união e alianças com os todos os militantes… mesmo os que umas vezes estão, outras nem por isso …se não conseguirmos ir buscar todos aqueles militantes que ninguém sabia que existiam …se não fizermos uniões e alianças com toda a população… se não fizermos tantas alianças…Se cada vez que nos interessar, mandarmos os militantes vergonhosamente “tirem as vossas conclusões”, iremos ter sempre muito trabalho, esforço e louvável até, mas mesmo com muitos votos de apreço e gratidão, pelos árduos meses de esforço e trabalho louvável, o resultado tenderá infelizmente a piorar. Perdoem-me a frontalidade e a dureza das palavras, mas quem me conhece sabe que não me consigo rir, quando não tenho vontade.
Não sei se o futuro me dará ou não razão, mas seguramente aprendi (e esta não é de nenhum músico), que afinal o “trigo e o joio” em política se separam nas derrotas. E não foram os valores e os princípios se esfumaram, depois das derrotas, são os interesses, que alteram!
É por todos estes motivos e muitos “mais” que me tornam apoiante incondicional de uma pessoa que merece e a quem se preparava o “santo sacrifício” de “abdicar” em nome do “progresso”.
É por todos estes motivos e muitos “mais” que eu lhe peço que vote em consciência e que vote Fernando Figueiredo. Vote na lista A
Viva O PSD! Viva Celorico da Beira!
Luís Albuquerque José.